A quarta-feira foi coberta de magia na turma de Atuação. Coberta mesmo, todos os aprendizes estavam com uma tampa de pizza na cabeça, mas isso tem uma explicação.
No 2º encontro com o mestre Toshi Tanaka foi retomado exercícios de limpeza do espaço, respiração e riso, e isso nos preparou para a ênfase do encontro, trabalho de postura.
O exercício de limpeza do espaço iniciou com um toque diferente, todos os aprendizes transpassaram um cordão em torno da cintura, na altura do sacro e púbis, para que fosse mantida a linha do quadril. Se o cordão afrouxasse era sinal que houve uma quebra do quadril.
A turma de atuação está conhecendo o universo do Teatro Kyogen com a leitura de textos, vídeos e aulas com Toshi Tanaka e Francisco Medeiro. E foi possível notar que existe uma postura diferente para cada hierarquia de personagem neste teatro.
A partir do andar com folhas de jornal na sola dos pés e os deslizar deles transferindo o peso de uma perna para outra, como se puxássemos uma carroça, deu-se inicio a descoberta da postura usada pelo teatro oriental. Essa experiência foi realizada individualmente, em seguida em dupla e por fim em grupo de até seis pessoas como se todos fosse um grande inseto.
As caixas de pizza citadas no início do texto fez parte do corpo de todos os aprendizes e provocou o trabalho da percepção de espaço, grupo e o espaço entre... Além de provocar a imagem ligada ao texto estudado "Kusabira”, em que há proliferação de cogumelos fora da estação e que perturbam o agricultor e o benzedor.
Essa imagem nos retornou a ligação de posturas, além de inserir a frase ouvida no vídeo passado por Francisco Medeiros, em que o coro da peça dizia “YA YA KKO SHI YA” (Como é complicado, né?).
Na segunda parte do encontro o formador Filipe Brancalião conduziu a turma com a continuação do trabalho feito com Toshi e ressaltando a experiência do individuo e o grupo, a escuta além dos olhos, a escuta através do corpo.
Com a fala “YA YA KKO SHI YA” foram feitos exercícios em pequenos grupos e grandes grupos como se tivessem que equilibrar um prato e que foi possível notar que mesmo dentro de um coro existe a voz do individuo, não a voz fala necessariamente, mas a voz limite do corpo, por exemplo.
E a partir de outras dinâmicas com “YA YA KKO SHI YA” foram feitos links com a narratividade e de como a imagem somente pode nos dizer algo.
O encontro foi riquíssimos, completo de links e detalhes que se forem colocados no papel não tão ricos quanto a experiência, esse relato faz parte do segundo encontro com o mestre Toshi Tanaka, caso vocês queiram conhecer como foi primeiro encontro, leiam o texto “A naturalidade do corpo” feito pela SP Escola de Teatro.
Não é Kusabira o nome da peça dos Cogumelos?
ResponderExcluirOi Valmir querido agradeço a observação ja fiz a alteração no texto. Oi Valmir querido agradeço a observação ja fiz a alteração no texto.
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